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De Zero a Dez: romance sobre dor crónica ajuda a agir de forma mais positiva

De Zero a Dez é o título do livro, de autoria de Margarida Fonseca Santos, que conta a história de Leonor, uma mulher a braços com uma doença crónica, sem saber como conviver com o cansaço da dor e a dor do cansaço e que vê a sua vida espartilhada por condicionantes que influenciam o dia-a-dia, mas também o futuro.

De acordo com a autora, trata-se de uma “polifonia” que pretende ajudar as pessoas a mudar a forma como pensam e como atuam perante uma doença com dor crónica, passando a agir de forma “mais positiva e sincera”.

Para contar a história de Leonor, uma mulher com artrite reumatoide, Margarida Fonseca Santos falou com doentes reumáticos, médicos, enfermeiros e, também, amigos ou familiares destas pessoas.

“O romance é todo contado na primeira pessoa, mas não sempre pela mesma personagem”, adiantou a escritora à Just News. Nele, temos a voz de Leonor, mas também da sua grande amiga, que a ajuda a tomar a decisão de procurar outras soluções e lhe abre mais portas. “Quando estão em sofrimento, com dor crónica, as pessoas tendem a fechar-se, a perder a esperança, e não agem.”

O livro conta, ainda, com a voz de um reumatologista, para que possamos perceber, também, o outro lado. “No caso dos profissionais de saúde, a preocupação de estar presente na vida dos doentes, de os acompanhar e estabelecer uma relação forte é um denominador comum em todos eles. As doenças reumáticas têm essa característica, a relação médico/doente prolonga-se pela vida. São os reumatologistas que os acompanham nos momentos mais complicados e isso é essencial”, indicou.

Outra personagem importante é o homem que acaba por viver com Leonor. Neste caso, a autora pretende fazer um elogio ao seu marido e também aos seus filhos, que a apoiaram incondicionalmente. “Não é fácil viver com uma pessoa com uma doença reumática, não é fácil viver com a dor crónica mesmo ao nosso lado”, terminou.

De Zero a Dez é um livro “com muita esperança”. Ao lê-lo, percebemos que, através da ajuda dos amigos e de uma relação médico/doente equilibrada, Leonor reencontra uma vida a que pode chamar sua, onde a felicidade e o empenho no trabalho passam a ser uma realidade concreta, possível e enriquecedora, uma vida onde a dor deixa de ser o centro.


O romance encontra-se à venda nas livrarias e parte dos lucros reverte a favor do Biobanco-IMM. A sua apresentação teve lugar no Edifício Egas Moniz da Faculdade de Medicina de Lisboa, durante a sessão de apresentação dos resultados do Biobanco e a da sua nova direção.

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