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Congresso Português de Hipertensão: beneficiar dos «conteúdos cientificamente certificados»

Tem início amanhã o 9.º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global, organizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH). O evento decorre de 26 de fevereiro a 1 de março, em Vilamoura.

De acordo com Pedro Guimarães Cunha, presidente da Comissão Organizadora e assistente hospitalar do Serviço de Medicina Interna do Hospital de Guimarães/CH Alto Ave, cada tema do programa foi escolhido no sentido de poder contribuir para a construção de um “programa coerente e apelativo para todos os que procuram no congresso obter algum ganho em termos de formação científica”.

O responsável começa por destacar algumas das ideias-chaves que estiveram na base da elaboração do programa. Em primeiro lugar, a abordagem de aspetos práticos do dia-a-dia do diagnóstico, do tratamento e do seguimento dos pacientes hipertensos e com risco cardiovascular acrescido.

Houve também interesse em incluir temas e aspetos relacionados com a prevenção primária e a educação para a saúde dos doentes que são seguidos quer em consulta mais especializada em hipertensão arterial, quer no âmbito da rotina de consulta de MGF.

“Tendo por linha de base que queríamos abordar aspetos práticos que pudessem ajudar na estruturação do seguimento dos doentes com estas nosologias, a nossa segunda ideia foi certificar mais depressa os conteúdos científicos, integrando o conhecimento e a colaboração de colegas de diferentes proveniências técnicas e de diversas sociedades científicas”, acrescenta.

Além de integrar especialistas de Medicina Interna, Cardiologia, MGF e Neurologia, Pedro Guimarães Cunha salienta que a Comissão Organizadora teve a “felicidade” de conseguir que fossem parceiros deste congresso a Sociedade Europeia de Hipertensão e a Sociedade Artery – que, de alguma forma, “vão gerindo o manancial da evidência científica que existe nesta área e que a transformam em linhas de ação consensual”.

Refere ainda que, além de um programa que focasse aspetos práticos que tivessem os seus conteúdos cientificamente certificados, havia também o objetivo de transformá-lo numa oportunidade formativa para os colegas em diferentes estádios de formação, quer no âmbito do internato complementar, quer especialistas que procurassem informação científica útil no seu dia-a-dia.

Congresso com número recorde de resumos submetidos

Apesar de preferir manter segredo até à data do congresso, Pedro Guimarães Cunha adianta que o número de resumos submetidos foi o mais elevado até ao momento, o que representa, na sua opinião, “o maior sinal de reconhecimento do trabalho feito” e “um interesse muito alargado a nível nacional por este tema”. Contudo, sublinha, “mais importante do que o número é a diversidade da sua proveniência e a quantidade de pessoas que nunca tinham enviado trabalhos e que desta vez o fizeram”.

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