Congresso da Sociedade Europeia Respiratória em línguas portuguesa e castelhana
O Congresso da Sociedade Europeia Respiratória (European Respiratory Society - ERS), que decorrerá entre os dias 26 e 30 de setembro, em Amesterdão, vai ter um dia falado unicamente em português e espanhol, organizado em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), congéneres de Espanha e Brasil, e ainda com a Associação Latino-Americana do Tórax. Este será também o momento escolhido para formalizar a constituição da Associação Respiratória de Língua Portuguesa, revela Carlos Robalo Cordeiro, presidente da SPP.
Sob a forma de mesas-redondas, conferências e apresentação de posters, especialistas destes países de ambos os lados do Atlântico vão debater e dar a conhecer os últimos desenvolvimentos na área da medicina respiratória, num evento internacional que deverá contar com mais de 20 mil participantes e que marca também o arranque da 2.ª edição da campanha global de sensibilização "Healthy Lungs for Life", destinada a reduzir o impacto das doenças pulmonares.
Fátima Rodrigues e João Carlos Winck são dois dos oradores convidados para o dia de Portugal e Espanha, agendado para 27 de setembro, em representação da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
Os temas escolhidos para as palestras são o papel que o exercício físico pode ter na evolução da doença respiratória e as novas tecnologias disponíveis para tratar problemas respiratórios em casa. A pneumologista Sofia Ravara e a docente da Faculdade de Medicina de Coimbra Ana Figueiredo vão falar sobre tabagismo e as políticas de controlo em Portugal.
Relativamente à Associação Respiratória de Língua Portuguesa – que parte de um acordo entre as comunidades pneumológicas de Portugal, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Brasil, Timor e Macau –, Carlos Robalo Cordeiro explica que a formalização será feita no congresso europeu pelo facto de tanto a ERS como a Associação Latino-americana do Tórax participarem na sessão e na iniciativa na qualidade de observadoras.
“É uma associação com grande significado para os países mais necessitados, porque vai fomentar o apoio à formação e à promoção da saúde respiratória nesses países”, sublinha o presidente da SPP, acrescentando que vão, por exemplo, ter acesso facilitado a estágios, a bolsas, a diversos programas de formação e aos formatos digitais das revistas de Pneumologia portuguesa e brasileira.
