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Associação Portuguesa de Urologia celebra 100.º aniversário em Coimbra

É já esta sexta que tem início, em Coimbra, o ponto alto das comemorações do centenário da Associação Portuguesa de Urologia, presidida por Miguel Ramos. Organizado em conjunto com o Serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, o evento decorrerá no Convento de S. Francisco, entre os dias 20 e 22 de outubro.

No âmbito da comemoração do seu centenário, a "associação de especialistas mais antiga de Portugal", que completa 100 anos a 15 de novembro de 2023, tem realizado um conjunto de iniciativas ao longo do ano, com destaque para a história da APU e da Urologia, conforme esclarece:

“Nós, médicos, cada vez mais somos inundados de informação técnica e o volume de trabalho é tão grande que nos leva a perder alguma noção da história. E precisamos de a ter para respeitarmos e perspetivarmos aquilo que temos hoje, inclusivamente no âmbito da seleção das terapêuticas.”

Na sua ótica, esse património histórico deve ser partilhado também com as restantes especialidades, “para que se conheça o papel importante da Urologia e de médicos que lidaram com a área, como Pedro Hispano, Amato Lusitano e Reynaldo dos Santos”.

De acordo com o médico, o congresso desta semana será, assim, um momento particularmente relevante, pois “precisamos de ter noção da história para respeitarmos e perspetivarmos aquilo que temos hoje”.


Miguel Ramos 

“A Urologia tem estado sempre na vanguarda da inovação cirúrgica”

Em declarações à Just News, salienta que “o progresso da Urologia como ciência e atividade médica marcou os últimos anos, inclusivamente ao nível do tipo de patologia diagnosticada”.

E explica que “enquanto no passado os especialistas se confrontavam maioritariamente com quadros marcados pela patologia benigna, pela litíase e pelas disfunções miccionais, hoje em dia, a patologia é essencialmente oncológica e também infeciosa". Uma realidade que resulta da maior longevidade, que leva a que "haja muitos doentes mais velhos, depauperados fisicamente, com infeções graves, a recorrer aos serviços de urgência”.

Considerando que “a Urologia tem estado sempre na vanguarda da inovação cirúrgica", e porque um dos propósitos da APU é contribuir para a formação dos urologistas portugueses, são várias as ações desenvolvidas, além do congresso ou simpósio anual. É o caso da Academia de Urologia, projeto iniciado por um anterior presidente, Arnaldo Figueiredo, que se traduz em formações sobre vários temas da Urologia durante os fins de semana.

Por ocasião da pandemia de covid-19, no início deste ano, começaram a ser realizados webinars regulares, sobre temas muito específicos, num contexto informal, denominados de Conversas APU. “O objetivo é criar momentos interativos, em que os participantes possam questionar e deixar as suas mensagens”, conta.

Foram tratados tópicos como o cancro da próstata oligometastático e a cirurgia robótica em Urologia. Foi também criada a iniciativa Sábados APU, que pretende versar sobre áreas de trabalho muito concretas. 

Quanto aos internos da especialidade, Miguel Ramos, que é assistente hospitalar Graduado de Urologia no Centro Hospitalar de Santo António, indica que constituem um grupo que a APU pretende rececionar, no início de cada ano, apresentando-o à comunidade urológica no Módulo Zero da Academia de Urologia. “Esse momento é importante para dar a conhecer a APU e existir, desde logo, algum networking”, observa.

No campo científico, neste novo mandato, que tomou posse em novembro de 2021, foi ainda criado o Prémio Fórum APU, que valoriza aquele que obtiver melhor nota nos questionários de avaliação de conhecimento relativos às iniciativas Conversas APU e Sábados Urológicos.




O programa do Congresso pode ser consultado aqui.



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