APPDH promove ações de sensibilização para assinalar Dia Mundial da Talassemia

“Recessão económica: observar – reunir forças – proteger a saúde” é o tema do Dia Internacional da Talassemia. A efeméride assinala-se hoje e é promovida, a nível global, pela Federação Internacional da Talassemia.

De acordo com Manuel Pratas, presidente da Associação Portuguesa de Pais e Doentes com Hemoglobinopatias (APPDH), a escolha do tema está relacionada com “a atual situação económica vivida na Europa, que está, cada vez mais, a colocar em causa a situação dos doentes”, devido aos cortes orçamentas que se verificam ao nível da Saúde.

Por outro lado, o mercado de trabalho não está fácil. “Verificam-se cada vez mais dificuldades no acesso ao trabalho por parte das pessoas “ditas normais”, logo quando se fala de um indivíduo com uma talassemia major - que precisa de faltar mensalmente para fazer as suas transfusões - essa situação ainda se coloca mais”, observa.

Na opinião do nosso entrevistado, é “fundamental” que se assinale esta data. “Os dias internacionais são muito importantes pela visibilidade que as doenças têm, mais do que nos outros dias. Temos mais acesso aos media e as pessoas estão mais sensíveis a receber esta informação. Tratando-se de uma doença rara isto é muito importante. É mais fácil informar e alertar para a importância de se efetuarem rastreios e de se aplicarem as regras instituídas pela Direção-Geral da Saúde.”

Assim e para assinalar a data, a APPDH vai realizar no próximo sábado, em Beja - uma região de grande prevalência e onde abriu recentemente uma delegação - uma campanha de rua, nos principais pontos da cidade, onde serão distribuídos folhetos à população e balões às crianças, com o objetivo de as sensibilizar para a doença.

Além disto, a associação tem sido responsável por um vasto leque de iniciativas e ações de sensibilização que tem vindo a efetuar em toda a zona Sul do país e realizou ontem à tarde uma tertúlia com médicos, profissionais de saúde e da educação, responsáveis da Câmara Municipal de Beja, entre outros. “Tentámos abordar alguns dos temas que mais afetam os doentes com hemoglobinopatias”, menciona Manuel Pratas, referindo que o objetivo é discutir e encontrar melhores formas de proporcionar a estes doentes uma melhor qualidade de vida e um melhor tratamento.

As atividades da APPDH podem ser acompanhadas na sua página de facebook.