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Antiepilético da BIAL já está disponível nas farmácias dos EUA

O primeiro medicamento de patente e investigação portuguesa acaba de ser colocado nas farmácias norte-americanas, através da Sunovion Pharmaceuticals, entidade com que a BIAL, no final de 2007, assinou um acordo de licença. O medicamento foi aprovado pelo regulador norte-americano Food and Drug Administration (FDA), em novembro de 2013.

Pela primeira vez na história, um medicamento português é vendido nos Estados Unidos, o que representa um marco para a BIAL, como sublinha António Portela, CEO do grupo: “A entrada naquele que é um dos mercados mais exigentes e competitivos do mundo e que representa mais de 50% das vendas globais de medicamentos para a epilepsia, no valor de 2 mil milhões de dólares, reveste-se de enorme simbolismo para uma empresa como a BIAL, que tem na investigação e desenvolvimento uma das suas razões de existir”.

António Portela considera ainda que este é “testemunho claro de que a aposta em investigação constitui uma condição importante para a sustentabilidade e para o futuro das empresas portuguesas e para a afirmação da nossa capacidade de produzir inovação e conhecimento”. O CEO do Grupo BIAL sublinha que as autoridades reguladoras norte-americanas, tais como as europeias, “detêm padrões de exigência extraordinariamente elevados”.

“A epilepsia constitui um problema grave que afeta não apenas os pacientes, mas também as suas famílias, cuidadores e amigos”, refere Michael R. Sperling, médico e professor de Neurologia na Universidade Thomas Jefferson e diretor do Jefferson Comprehensive Epilepsy Center, da cidade norte-americana de Filadélfia. “Perto de um terço dos pacientes ainda enfrenta um controlo ineficiente das crises, apesar dos tratamentos, pelo que precisamos de novas terapias. Nesse sentido o APTIOM é um bom incremento ao nosso conjunto de terapêuticas disponíveis, uma vez que poderá ajudar alguns desses doentes”.

O antiepilético da BIAL tem como princípio ativo o acetato de eslicarbazepina e é um medicamento de toma única diária, aprovado pelas autoridades regulamentares de 39 países para o tratamento adjuvante de adultos com crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária.

A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns, afetando, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo. O Centers for Disease Control and Prevention revela que cerca de 2.2 milhões de pessoas nos EUA sofrem de epilepsia. Neste país, as crises epiléticas parciais são a forma mais comum da doença, estimando-se que representem  60% dos novos diagnósticos.

Em comunicado, é salientado que o desenvolvimento deste medicamento para a epilepsia, que no continente europeu é comercializado desde 2009, "envolveu 15 anos de investigação e um investimento superior a 300 milhões de euros".

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