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Escola de Verão de Medicina Interna: promover a ética e o trabalho em equipa

“No limite do curar” foi o tema da 7.ª edição da Escola de Verão de Medicina Interna (EVERMI), que este ano teve lugar entre 15 e 17 de setembro, na Zambujeira do Mar.

“O objetivo tem sido o mesmo em todas as edições, criar laços e estabelecer uma rede de contactos, que tem permitido o crescimento e a evolução da especialidade", afirma António Martins Baptista, diretor do EVERMI e coordenador do Núcleo de Estudos da Formação em Medicina Interna da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).



Em declarações à Just News, o responsável explica que, "destas escolas, têm saído aqueles que acabam por se tornar dirigentes de várias organizações e que fazem com que a especialidade seja cada vez mais prevalente no Serviço Nacional de Saúde".

Quando questionado acerca das principais necessidades formativas dos internos, o nosso entrevistado observou que se verificam sobretudo naquelas situações pouco frequentes no quotidiano dos médicos.

“Somos formados diariamente em ação e em contínuo, durante o trabalho assistencial. Contudo, temos de ser treinados para as situações menos frequentes, que exigem mais de nós e que o dia-a-dia não preenche”, explicou, acrescentando que os cursos devem colmatar essas necessidades.



Além da atualização científica, o EVERMI pretende ainda, segundo referiu, abordar a parte ética e o trabalho em equipa, entre outros aspetos.

António Martins Baptista é perentório ao afirmar que os cerca de 200 novos internistas que, anualmente, terminam a especialidade acabam a sua formação muito bem preparados. “Podemos confiar nos internistas portugueses do futuro”, garantiu.

Nuno Bernardino Vieira, codiretor da escola, explica que a escolha do lema desta edição do EVERMI se deve ao facto de se ter como objetivo “preparar os internos para o que está além da missão terapêutica normalmente atribuída aos médicos”.

“Por vezes, é preciso tomar decisões, em que se tem de levar em conta a pessoa, muito mais do que a doença propriamente dita. Pretendemos alertá-los, também, para isso mesmo”, mencionou.


Nuno Bernardino Vieira e António Martins Baptista.

“Colocámos, ainda, no programa temas que os façam pensar neles próprios, como é o caso da conferência sobre burnout, algo muito importante, atualmente, devido à grande carga assistencial que têm”, frisou.



Segundo Nuno Bernardino Vieira, os internistas são cada vez mais convidados a assumir posições para além da prestação de cuidados e da atividade assistencial, como a chefia de equipas ou a coordenação de serviços. “Pensámos que seria importante dar aos nossos internos alguns skills que os possam ajudar a vir a desempenhar também essas funções”, concluiu.

A escola deste ano contou com 37 internos nos vários anos de formação.







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