USF-AN apoia unidades de saúde a «melhorar o desempenho e chegar a modelo B»
A USF-AN (Unidades de Saúde Familiar – Associação Nacional) irá promover no dia 7 de novembro de 2023 um Webinar subordinado ao tema "Quais os passos para melhorar o desempenho e chegar a USF B?".
Esta sessão surge na sequência da publicação do novo Decreto-lei das USF, "e tendo em conta todas as dúvidas e incertezas que este momento levanta nos profissionais dos cuidados de saúde primários", a organização decidiu replicar a sessão realizada no 4.º Encontro Nacional das USF.
André Biscaia
Modelo B “permite poupar dinheiro a todos os níveis
Desde que as primeiras unidades abriram portas, em setembro de 2006, um dos aspetos mais significativos terá que ver com a circunstância de o número de unidades de modelo B ter superado o conjunto de USF do tipo A. “Isso foi uma grande vitória!, considera André Biscaia, em declarações à Just News.
Sendo certo que a grande diferença entre os dois modelos de USF se prende com a remuneração dos profissionais, que no caso das unidades B têm uma componente variável que representará cerca de 40% do que ganham, por que razão foram criados os dois tipos?
“Aquilo que se entendeu na altura foi que para se trabalhar em modelo B seria necessário existir uma certa maturidade, que se conseguiria atingir ao fim de um ou dois anos de atividade. O problema é que depois surgiram as restrições impostas pelo estabelecimento de quotas e chegou a haver USF que ficaram 14 anos em modelo A, impedidas de poder transitar para modelo B.”
Sublinhando a vantagem do tipo de unidades em que “as condições remuneratórias são muito mais satisfatórias, embora exigindo-se uma atualização de valores”, o modelo B “permite poupar dinheiro a todos os níveis e apoia na fixação dos profissionais no SNS”.
”Agora, é necessário que o novo decreto-lei das USF mantenha as vantagens do modelo e represente um real ganho remuneratório para todos, USF A que transitam de A para B, mas também das atuais B. Se tal não acontecer, um dos riscos é a aposentação de muitos profissionais que já estão em condições de o fazer para não serem penalizados na sua pensão de reforma. Outro é a desmotivação”, alerta André Biscaia, prosseguindo:
“Esta evolução no enquadramento legal das USF não pode ser desperdiçada! E acreditamos que o não vai ser. Tem de tornar o modelo USF ainda melhor e com mais capacidade para atrair profissionais para o SNS."
Por outro lado, considera que, "paralelamente, têm de acontecer melhorias no apoio logístico à atividade, na publicação do mapa de competências dos secretários clínicos, num processo que leve a uma carreira, na criação de condições para que os enfermeiros das USF consigam aceder à especialidade de Saúde Familiar, na agilização dos concursos de provimento de todas as profissões...”
O webinar do dia 7 de novembro é destinada aos profissionais de USF e UCSP "que estejam com dificuldades em melhorar o seu desempenho, bem como para todas as equipas que queiram partilhar instrumentos e estratégias que deram certo."
A inscrição pode ser efetuada aqui.
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