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Rede de Saúde Digital vai ligar serviços de MFR aos cuidados primários

Os dois primeiros projetos-piloto da Rede Nacional de TeleMFR vão envolver o Hospital Senhora da Oliveira/USF Ponte, em Guimarães, e o Centro Hospitalar de Entre O Douro e Vouga (CHEDV)/ACES Feira Arouca, em Santa Maria da Feira.

De acordo com Paula Amorim, diretora clínica do Centro de Medicina Física e de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais e responsável pela Rede, os primeiros passos deverão ser dados ainda no primeiro semestre deste ano.

Aquela responsável explicou à Just News que “o objetivo é criar uma Rede de Saúde Digital entre os serviços de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) dos centros hospitalares e os cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde e, futuramente, incluir também médicos fisiatras em atividade de consultoria nos CSP”.


A Rede Nacional de TeleMFR foi abordada por Paula Amorim no recente Congresso Nacional de MFR

Adicionalmente, espera-se a ligação entre os serviços hospitalares dos diferentes níveis da Rede Nacional de Especialidade e de Referenciação Hospitalar de MFR, assim como dos serviços de MFR dos hospitais e outras instituições e níveis de cuidados de saúde, incluindo os continuados integrados.

Paula Amorim salienta “isto inclui a perspetiva em MFR de continuum dos cuidados de saúde, da intercolaboração entre instituições e cuidados, equipas multiprofissionais e multidisciplinares, e informação/formação, avaliação, triagem, diagnóstico/prescrição e monitorização de cuidados e programas de reabilitação”.

A criação da Rede Nacional de TeleMFR vai exigir, explica, a constituição de um Grupo Nacional Coordenador e a nomeação de promotores regionais da TeleSaúde. Na prática, em cada hospital, o Serviço de MFR terá um fisiatra interlocutor, responsável pela implementação da TeleMFR. “Pode ser o diretor ou outro médico, que deverá articular-se com o promotor interno da TeleSaúde da sua unidade hospitalar”, esclarece.


Paula Amorim com o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, e as diretoras dos dois serviços de MFR envolvidos no projeto: Bárbara Cruz (Hospital Senhora da Oliveira) e Catarina Aguiar Branco (CHEDV)

Continuando, “esses promotores (dos CSP e dos hospitais) deverão desenhar a estratégia a seguir com o respetivo promotor regional de TeleSaúde, selecionando os centros de saúde que, progressivamente, e em função das suas capacidades em termos de pessoal e de equipamento, irão sendo integrados”.

Em jeito de conclusão, Paula Amorim considera que este projeto vem colmatar “uma falha desde sempre existente ao nível do apoio dos CSP, completando assim a extensão da rede de cuidados de MFR a todos os níveis de atuação do SNS (hospitalares, primários e continuados)”.

Para Paula Amorim, é “tempo de ação e todos os fisiatras são chamados a colaborar, num esforço conjunto, pela especialidade e em benefício dos doentes, partindo do princípio de que não há utentes de um ou outro nível de cuidados, mas sim pessoas que dispensam barreiras, burocracias, disparidade de regras que não dominam e que querem que o SNS lhes resolva o seu problema de saúde”.



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