Pneumonia mata 16 portugueses por dia

Todos os dias são internados, em média, 81 doentes adultos com pneumonia adquirida na comunidade; destes, 16 acabam por morrer devido à doença, o que significa uma taxa de letalidade intra-hospitalar de cerca de 20%. Os dados são de um estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), que decorreu entre 2000 e 2009, e analisou os internamentos nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Durante uma sessão sobre doença pneumocócita, que se realizou ontem no âmbito das II Jornadas do Núcleo de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) /GRESP, que tiveram lugar no Hotel Tryp, em Coimbra, o pneumologista Filipe Froes, um dos investigadores do estudo e membro da Comissão de Infeciologia Respiratória da SPP, lembrou que a idade é um fator de risco e a maioria dos doentes internados são idosos, uma situação justificada pelo envelhecimento da população portuguesa, ligado também a um crescimento de doenças crónicas como diabetes, hipertensão e obesidade.

“A partir dos 50 anos, há um risco acrescido da mortalidade por pneumonia adquirida da comunidade que se prende com um aumento da prevalência de doenças crónicas e, provavelmente, com fenómenos próprios do envelhecimento relacionados com a imunosenescência, frisou o especialista.

Na época da gripe, aumenta o número de casos de pneumonia, uma das mais graves e mortais complicações da doença. O período de atividade gripal estende-se, habitualmente, entre dois a três meses. “Há o início de atividade, um pico e depois um decréscimo”, disse o pneumologista, acrescentando que neste momento a atividade gripal está na fase descendente.

Em Portugal, verificaram-se, entre 2000 e 2009, cerca de 300 mil internamentos de adultos por pneumonia, correspondentes a 3,7% do total de internados.

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