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ONCO GP apoia médicos de família: «O doente oncológico não é seguido só no hospital»

Cerca de dois terços dos participantes no 5th Postgraduate Course in Oncology, um curso básico para especialistas de Medicina Geral e Familiar (MGF) e internos de Oncologia Médica, serão, como sucedeu nas edições anteriores, médicos de família.

O grande impulsionador deste projeto, de "características inéditas", é António Araújo, diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar e Universitário do Porto.

Um dos motivos que levou o médico a arrancar com a formação foi precisamente por reconhecer a importância que assume o médico de família, e não só no processo de referenciação: “O nosso doente está a viver mais tempo, sendo muito acompanhado pelo médico de família, que o conhece e segue ao longo da vida, mesmo nas piores alturas.”

De acordo com o oncologista, além do doente "vir aqui às nossas consultas, ele também procura o seu médico de MGF, não só no período de vigilância do tumor, em que deixou de fazer tratamento ativo, mas muitas vezes durante o próprio tratamento”



Dar a conhecer "as respostas das várias áreas"

António Araújo sublinha a relevância e mais valias deste curso, que mais uma vez se realiza no Auditório Alexandre Moreira, no Centro Hospitalar e Universitário do Porto:

“Os últimos 20 anos foram caracterizados por uma enorme evolução no tratamento da doença oncológica sendo tão específica que se torna muito difícil para as outras especialidades, que não contactam direta e diariamente com a Oncologia, aperceberem-se e terem noção das suas implicações.”

Assim, ao longo de dois dias e meio, “procura-se fazer uma revisão compreensiva, global e por patologia, para que os colegas se apercebam de como é que, hoje em dia, nós estamos a pensar a Oncologia e que respostas temos das várias áreas – da cirurgia, da radioterapia, da psiquiatria, da nutrição, laboratorial… – e dos medicamentos que estamos a usar, não esquecendo os seus efeitos laterais”.

E reforça a mensagem principal: “Quer queiramos, quer não, o doente oncológico não é só seguido no hospital, ele vai aparecer nos centros de saúde"

Na sua opinião, não há qualquer dúvida: "É, portanto, fundamental que os colegas de MGF tenham conhecimento da evolução que a Oncologia tem registado nos últimos anos e de quais as implicações que pode ter para a vida diária do doente."

O especialista destaca a participação, este ano, de Eduardo Sotomayor, professor da Universidade George Washington (EUA), que virá falar sobre a imunoterapia inovadora com células CAR-T.



"As inscrições têm esgotado todos os anos"

Uma das particularidades deste curso prende-se com o facto de, embora realizando-se sempre no Porto, ter sido pensado para abranger toda a Península Ibérica.

Aliás, quando em 2015, António Araújo lançou o evento, convidou o seu colega espanhol Mariano Provencio, oncologista do Hospital Puerta de Hierro e professor da Universidade Autónoma de Madrid, para partilhar consigo a direção do OncoGP.

Esta "visão ibérica" permite enriquecer o conteúdo formativo e a partilha de conhecimento, já que "metade dos oradores são espanhóis e até alguma da assistência vem do país vizinho".

A edição de 2019 vai acontecer entre os dias 7 e 9 de novembro, De forma a “permitir alguma interatividade entre alunos e palestrantes”, o número máximo de participantes está limitado a 60, sendo que, como esclarece António Araújo, “as inscrições têm esgotado todos os anos”.

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