Nova Direção da SPH empenhada na criação de um registo nacional de hipertensão arterial
Luís Bronze é o novo presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) para o biénio 2021-2023. “O doente em primeiro lugar” é o lema de um mandato que se irá focar, entre outros aspetos, na ligação à Medicina Geral e Familiar (MGF) e na possível criação de um Registo Nacional de Hipertensão Arterial (HTA).
Na tomada de posse, que decorreu no último fim de semana, no Clube Militar Naval, em Lisboa, Luís Bronze enunciou o que a nova Direção pretende fazer, nos próximos 2 anos, para que "o doente esteja, de facto, em primeiro lugar". Uma das medidas visa fomentar a proximidade aos médicos de família:
“Consideramos que o apoio à MGF é fundamental, pois, são estes médicos que contactam com as pessoas em primeiro lugar e as seguem durante mais tempo.”
Luís Bronze
Este objetivo vai ao encontro da necessidade de manter a luta contra o aumento da prevalência desta doença silenciosa: “A HTA já é uma pandemia, a única diferença é que o contágio não depende de um vírus agressivo; é antes cultural, não deixando de ter dimensões virais e de perigosidade.”
Urge assim, segundo disse, continuar o trabalho dos seus antecessores na presidência da SPH para se combaterem os fatores de risco, tais como a obesidade, o sedentarismo, o excessivo consumo de sal, entre outros de natureza biopsicossocial. “A HTA não tem sintomas, não se manifesta e, em grande parte dos casos, só é detetada quando é ativamente avaliada", frisou.
Outros pontos constam do plano de ação dos novos Corpos Sociais da SPH, destacando-se também o possível Registo Nacional da HTA, para se conhecer melhor a realidade portuguesa. “Ousadamente, queremos fazer a verdadeira fotografia da HTA em Portugal", disse.
Fernando Pinto (presidente da Assembleia-Geral), Manuel Carvalho Rodrigues (presidente 2017-2019), Vítor Paixão Dias (presidente 2019-2021), Luís Bronze e Rosa Maria de Pinho (presidente-eleita)
O combate à HTA vai continuar junto do grande público, através de entrevistas e artigos, já que é uma patologia que está “intrinsecamente ligada a doenças cardiovasculares graves, como o acidente vascular cerebral ou o enfarte agudo do miocárdio, entidades clínicas prevalentes, associáveis quer a mortalidade, quer a incapacidade crónica”.
Luís Bronze, que sucede ao internista Vítor Paixão Dias, nasceu em dezembro de 1962, é cardiologista, com grau de consultor da carreira médica, sendo, atualmente, diretor de Saúde da Marinha Portuguesa.
É doutorado em Medicina/Cardiologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Nova Medical School e professor auxiliar e coordenador do Bloco Cardiocirculatório do Mestrado Integrado de Medicina da Universidade da Beira Interior. Entre outros cargos, Luís Bronze é coordenador da Linha de Investigação da Saúde no Centro de Investigação Naval, na Escola Naval, e investigador integrado do Centro de Investigação e Desenvolvimento do Instituto Universitário Militar.
No passado, foi cardiologista do Hospital da Marinha, subdiretor do Centro de Medicina Naval e responsável pela Secção de Cardiologia dessa instituição. Foi igualmente chefe de Serviço de Cardiologia do Hospital das Forças Armadas – Polo de Lisboa, diretor do mesmo e, por inerência, subdiretor daquele grupo hospitalar militar, que inclui o Polo do Porto.
Alguns dos elementos que integram os órgãos sociais da SPH
Corpos Sociais 2021-2023:
Direção
Presidente: Luís Bronze
Presidente-Eleita: Rosa Maria de Pinho
Secretária-Geral: Vitória Cunha
Secretários-Adjuntos: Pedro Damião, Heloísa Ribeiro e Andreia Mamede
Tesoureiro: Fernando Martos Gonçalves
Assembleia Geral
Presidente: Fernando Pinto
Vice-Presidente: Paula Felgueiras
Secretário: Rogério Ferreira
Conselho Fiscal
Presidente: Miguel Castelo-Branco
Vice-Presidente: Manuel Viana
Secretário: Alípio Araújo