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Legionella: «O combate desta bactéria implica vários grupos profissionais»

Profissionais de saúde, mas também arquitetos e engenheiros devem juntar-se na prevenção da Legionella, sublinhou hoje Abraão Ribeiro, presidente da Associação Portuguesa de Infeção Hospitalar (APIH) e da Associação de Técnicos de Engenharia Hospitalar Portugueses (ATEHP).

Na sua opinião, não há qualquer dúvida: “O combate desta bactéria implica vários grupos profissionais, começando pelos arquitetos na construção do projeto e passando pelos engenheiros na conceção e manutenção ou pelas equipas do tratamento de águas.”

Abraão Ribeiro falou à Just News na sequência da Jornada Técnica “Prevenção e Controlo da Legionella”, organizada pela APIH, ATEHP e Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, e que se realizou esta quinta-feira, na Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa.



O responsável realçou a necessidade de um trabalho multiprofissional, perante uma bactéria que é comum na natureza: “Não é possível evitar a 100% situações como aconteceram, recentemente, em hospitais públicos e num privado, mas todos juntos podemos apostar na prevenção."

Para isso, como fez questão de sublinhar, é preciso “dotar as instalações dos meios técnicos adequados, apostar na inovação em termos de tecnologias de manutenção e ter sempre por base as boas práticas nesta área”.



Abraão Ribeiro destacou ainda o “papel fundamental” das várias entidades de saúde, como a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e também dos responsáveis das instituições de saúde. “Quer nos hospitais como nos centros de saúde, os administradores devem dar especial atenção à prevenção deste tipo de infeções.”

Na sessão de abertura do evento esteve presente a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, que também se focou na importância da multidisciplinaridade. “Todos os grupos profissionais têm um papel na luta contra este tipo de infeções associadas aos cuidados de saúde e que podem provocar enorme dano a quem recorre a estes serviços, seja para uma consulta ou para internamento.”



Graça Freitas fez ainda questão de relevar a atuação dos engenheiro e dos profissionais que integram os grupos coordenadores locais - Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA). “A Legionella é ubíqua na natureza, por isso é de saudar o vosso empenho na avaliação de risco que nos impede de ter mais surtos”, frisou.

E concluiu: “Independentemente das normas e das leis, o que nos deve mover é as boas práticas que se conseguem com muito conhecimento e estudo.”

Além de Abraão Ribeiro e de Graça Freitas, na sessão de abertura também estiveram Fernando Almeida, em representação do ministro da Saúde; Mário Durval, em representação do presidente da ARS Lisboa e Vale do Tejo; Anabela Graça, diretora da Escola Superior de Tecnologias da Saúde; e Francisco Brito, vice-presidente da ATEHP.


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