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«O êxito da cirurgia ambulatória passa pela multidisciplinaridade»

No ano em que a Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) comemora 20 anos de existência, Carlos Magalhães, que assumiu a presidência há 8 anos, salienta que as grandes mais-valias da CA assentam, sobretudo, nos níveis de qualidade e de satisfação.

"A maioria dos doentes operados em regime de ambulatório é tratada da mesma forma como se fosse internada, mas com níveis de qualidade e de satisfação maiores e com a mesma segurança, diminuindo infeções hospitalares", diz.

Para o médico, “o êxito da cirurgia ambulatória passa pela multidisciplinaridade”, onde estão envolvidos diferentes grupos de profissionais, garantindo segurança e elevados índices de qualidade no tratamento dos doentes.



“Hoje em dia, em Portugal, todas as especialidades cirúrgicas têm atividade em ambulatório, havendo uma que é central, a Anestesiologia”, indica, salientando:

“Na grande maioria dos hospitais, há enfermeiros dedicados ao ambulatório que são o pilar fundamental das UCA, suportando a receção dos doentes, a passagem de toda a informação, o perioperatório durante o dia da cirurgia, a preparação para a alta, a informação que é partilhada com os familiares e com os cuidadores. Os médicos de família e os enfermeiros dos centros de saúde garantem o pós-operatório quando o doente vai para casa.”

Segundo o especialista, no início havia muita desinformação "e receio de que podia ser um perigo o doente ser operado e ir para casa", tanto da parte dos pacientes como dos familiares, dos médicos de família e dos próprios profissionais, "tendo sido necessário desmistificar essas ideias".

Grupo de trabalho vai "identificar áreas de intervenção prioritária"

Carlos Magalhães realça que 2018 fica marcado por ser o ano da criação, em decreto-lei, pelo Ministério da Saúde, de um Grupo de Trabalho para o Acompanhamento do Desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (GTADCA), que será coordenado pela APCA, “com o objetivo de proceder à avaliação da CA nos últimos 10 anos em Portugal e identificar áreas de intervenção prioritária”. Espera-se, assim, poder “criar condições para que haja uma maior homogeneização da CA em Portugal”.



A expectativa é que “aquilo que é feito em CA em Portugal siga condições e critérios que estão definidos para o ambulatório e que as casuísticas reflitam a qualidade do trabalho desenvolvido nesta área”. Ou, por outras palavras, “que não haja uma tentativa de incluir patologias e doentes que não obedeceram ao circuito que devia respeitar o ambiente de ambulatório”.

O responsável lembra ainda que há cerca de 10 anos foi criada a CNADCA - Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório, que contribui “de forma muito importante” para o crescimento da CA.



Organizado pela Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória, o X Congresso Nacional de Cirurgia Ambulatória realiza-se já no final deste mês, entre os dias 27 e 29. O evento contempla também a realização da X Reunião Nacional de Enfermagem para Cirurgia Ambulatória e o VII Congresso Ibérico de Cirurgia Ambulatória. 



A entrevista completa pode ser lida na última edição do Hospital Público.

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