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Cardiologia: Hospital de Viseu com «resposta rápida» na marcação da 1.ª consulta

O responsável pela triagem das consultas de Cardiologia no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Emanuel Correia, garantiu à Just News que, “se o doente tem uma situação grave, a consulta é marcada em menos de um mês". Para esta resposta “eficiente e rápida” muito contribuem as “relações estreitas” que o Serviço de Cardiologia mantém com os médicos de família da região.

“O colega de Medicina Geral e Familiar faz um pedido de consulta e passado uma semana, quando não é no próprio dia, tem uma resposta”, afirma o cardiologista, apesar de, como sublinha, se registar “um número brutal de pedidos”.

O segredo está na aplicação de “critérios objetivos para selecionar os doentes que, de facto, têm uma situação grave”, explica Emanuel Correia, esclarecendo que cerca de 20% dos pedidos não são aceites.

Médicos de família em reunião de Cardiologia com "papel muito ativo"

Emanuel Correia, Luís Nunes, Davide Moreira e o próprio diretor do Serviço de Cardiologia do CH Tondela Viseu, Costa Cabral, integraram a Comissão Organizadora das Jornadas de Cardiologia da Zona Centro, que decorreram agora em novembro, em Viseu.


Comissão Organizadora: Costa Cabral, Emanuel Correia e Davide Moreira (ausente na foto: Luis Nunes)

Um quinto elemento, o cardiologista João Pipa, que segundo Emanuel Correia foi “grande impulsionador das anteriores Jornadas” realizadas em Viseu (2010) e que na fase inicial da reunião de 2017 “teve um papel muito ativo”, faleceu, entretanto, no início do ano. Em sua homenagem, também “pela pessoa que era”, foi criado o Prémio João Pipa, que distinguiu o Melhor Poster apresentado.

As Jornadas de Cardiologia da Zona Centro, uma iniciativa da Associação de Cardiologia Médico-Cirúrgica do Centro, são organizadas, rotativamente, por cada um dos serviços de Cardiologia da região: CH Cova da Beira, CH Tondela Viseu, ULS da Guarda, ULS de Castelo Branco, CH de Leiria, Hospital Distrital da Figueira da Foz, CH do Baixo Vouga e CH e Universitário de Coimbra (Hospital Geral e HUC).

Com um programa “o mais abrangente possível”, as Jornadas deste ano contaram com um número de participantes que se aproximou das três centenas, “número superior ao habitual”.

De acordo com Emanuel Correia, “o congresso foi aberto aos cardiologistas e aos colegas de outras especialidades hospitalares, mas também muito fortemente aos colegas de Medicina Geral e Familiar, que tiveram um papel muito ativo, também como moderadores, palestrantes e integrando painéis de discussão”. Para além disso, “houve uma outra vertente só para técnicos e enfermeiros”.



Uma dezena de cardiologistas para 400.000 pessoas

Com 11 especialistas e 5 internos, o Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar Tondela Viseu tem praticamente as valências todas, incluindo um Laboratório de Hemodinâmica com uma escala de prevenção de 24 sobre 24 horas, mas também um Laboratório de Pacemakers, dispondo de todas as técnicas de imagem.

“Apesar de ter um número muito pequeno de pessoas, o Serviço cresceu e tenta dar a melhor resposta”, garante Emanuel Correia, acrescentando que, “provavelmente, será o Serviço de Cardiologia mais completo ao nível do interior do país”.

Com uma dezena de cardiologistas a fazer consultas para uma população de 400.000 pessoas, torna-se fundamental a ligação muito próxima que existe com os cuidados de saúde primários da sua zona de influência mais direta. Daí que Emanuel Correia valorize muito “a questão do estreitamento das relações com a Medicina Geral e Familiar, que me diz muito”.



O facto de ter sucedido ao seu colega João Pipa na tarefa de assegurar a triagem das consultas de Cardiologia obriga a um relacionamento mais próximo com os médicos de família. “A triagem sabe ter o diálogo adequado com os colegas de MGF para lhes dar feedback quando não aceitamos uma consulta e, por vezes, pedimos determinados exames para que quando o doente vem à consulta tenhamos mais informação, permitindo-nos tomar decisões mais rápidas e melhores”, explica Emanuel Correia.

Mas a capacidade de resposta que o Serviço de Cardiologia do CH Tondela Viseu tem demonstrado conseguir oferecer à população da região tem também, segundo o nosso interlocutor, outra razão. “A disponibilidade dos colegas para fazer primeiras consultas é ímpar. Fazemos pelo menos mais uma primeira consulta por período do que aquilo a que estamos obrigados”, justifica.


Refira-se, a propósito, que as patologias mais frequentes com que os cardiologistas de Viseu lidam são a insuficiência cardíaca, a doença coronária e a fibrilhação auricular, próprias de idades mais avançadas, o que corresponde à população rural muito envelhecida que reside no distrito.


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