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As células estaminais poderão vir a possibilitar a gravidez em mulheres com endométrios lesados

As mulheres diagnosticadas com uma patologia endometrial severa não conseguem ter filhos, uma vez que a situação torna impossível a gravidez, mesmo através de tratamentos de procriação medicamente assistida. Atualmente, e no seguimento de um estudo realizado por Xavier Santamaría, diretor Internacional do IVI Barcelona, verificam-se resultados interessantes no sentido de evidenciar o crescimento do endométrio, que antes estas mulheres não conseguiam ter, o que dá razões para acreditar que no futuro estas podem vir a conseguir engravidar.

A realização de mais uma edição deste curso prova o seu sucesso, organizado pelo IVI Vigo, com a colaboração de instituições locais, no qual se apresentam as conclusões deste estudo, bem como de outros que abrem portas a novas vias de investigação científica para o sector reprodutivo.  

“A aplicação de células estaminais para regenerar o endométrio representa uma evolução na medicina reprodutiva, uma vez que nos poderá vir ajudar a ser mães mulheres com Síndrome de Asherman ou atrofia endometrial, patologias muito frequentes. A isso soma-se o facto de ser a primeira vez que se utilizam este tipo de células clinicamente em ginecologia e obstetrícia”, explica Elkin Muñoz, diretor do IVI Vigo e coordenador do curso.

Segundo o estudo o objetivo é repovoar o endométrio a partir de células estaminais da medula de mulheres que sofrem deste tipo de patologias e permitir às que se submetam a um tratamento de procriação medicamente assistida a implementação de um embrião.

Em relação à Endometriose, Raúl Gómez, Investigador apoiado pelo Instituto Universitário IVI/INCLIVA, explicou como o uso de derivados dopaminérgicos, no tratamento da endometriose perdiz um futuro prometedor a mulheres afetadas por esta doença, muitas das quais verão prejudicadas a sua qualidade ovacitária e, consequentemente, as suas possibilidades de gravidez.

 “A endometriose está presente em 10% das mulheres em idade reprodutiva, e afeta 21% das pacientes que se submetem a tratamentos de procriação medicamente assistida, um número significativo e que evidencia a necessidade de encontrar uma forma de controlar esta doença”, reforça Muñoz.

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