Presidente da Fundação Bial anuncia novo concurso para bolsas de investigação científica

A Fundação Bial vai continuar a apoiar projetos de investigação científica nas áreas da Psicofisiologia e da Parapsicologia, como tem acontecido desde 1994. O anúncio foi feito por Luís Portela, presidente da instituição, na sessão de abertura do 11.º Simpósio Aquém e Além do Cérebro, que decorreu na Casa do Médico, no Porto.

Segundo Luís Portela, não serão apoiados projetos de patologia ou terapêutica, dado que a Fundação Bial deseja “separar claramente a atividade mecenática da Fundação da investigação realizada pelos Laboratórios Bial”.



“A Fundação Bial é hoje uma referência na investigação científica a nível internacional e persegue o seu objetivo de promover o estudo do ser humano saudável, tanto a nível físico como sob o ponto de vista espiritual”, disse aquele responsável.

Criada em 1994 pelos Laboratórios Bial, em conjunto com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, a Fundação Bial tem apoiado, no âmbito do Programa de Bolsas de Investigação Científica, estudos de cientistas de algumas das mais notáveis universidades a nível mundial. Até ao momento, patrocinou 537 projetos, envolvendo cerca de 1200 investigadores em 25 países, dos quais resultou a publicação de 759 artigos e resumos em revistas de referência.

O regulamento e a documentação do concurso estão disponíveis em www.fundacaobial.com. O prazo de entrega termina a 31 de agosto.




Pessoas "de grande dedicação e qualidade interior"


No decorrer do seu discurso, o presidente da Fundação Bial lembrou um conjunto de “pessoas competentes, mas também de grande dedicação e qualidade interior”, que, ao longo dos anos, “tem tornado muito bonito” o trabalho feito pela instituição.

Nuno Grande e Manuel Baganha, que idealizaram com Luís Portela a constituição da instituição e que vieram a ser administradores da instituição, durante 16 e 8 anos, respetivamente, são duas dessas pessoas.



Luís Portela evocou ainda os nomes de Maria de Sousa, “uma grande investigadora na área da Imunologia” que deixou o cargo de administradora em 2014, e Daniel Bessa, que continua em funções. Com a saída da primeira, que foi substituída por Nuno Sousa, a Administração foi reforçada por Pedro Teixeira e Miguel Portela.

Continuando a falar de “pessoas que têm marcado a vida da Fundação Bial”, o presidente da instituição destacou Fernando Lopes da Silva, “um dos mais notáveis investigadores da atividade elétrica do cérebro e da epilepsia” que se tornou membro da Comissão Organizadora deste Simpósio em 2003 e seu presidente desde 2009, cargo que deixará, por sua vontade, no final do evento, passando a presidir ao Conselho Científico da instituição, do qual é membro desde 1997.



O presidente da Fundação Bial anunciou ainda a saída de Dick Bierman da Comissão Organizadora do Simpósio, que integrava desde 2007, continuando como membro da Comissão Científica, da qual pertence desde 2010.

Ao usar da palavra, Fernando Lopes da Silva afirmou ser tempo de “passar o testemunho ao seu sucessor”, Axel Cleeremans, que já é membro da Comissão Organizadora desde 2011.


Fernando Lopes da Silva e Luís Portela.

Um trabalho reconhecido


Por seu lado, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, congratulou a Fundação Bial pela realização de mais uma iniciativa e pela temática escolhida -- “Efeitos de placebo, curas e meditação”. Na sua opinião, “o efeito placebo deve ser cada vez mais objeto de investigação e de integração no exercício diário da medicina alopática, na medida em que é ciência e consegue efeitos semelhantes ao de tantos medicamentos”.

Já António Cunha, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, salientou que “as universidades e a ciência portuguesas têm beneficiado muito do trabalho que tem sido feito pela Fundação Bial”.

A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo, referiu que, na ótica do Ministério que representa, “este encontro virtuoso é absolutamente determinante, por aquilo que significa em termos de responsabilidade, afirmação e presença no investimento privado na área da investigação científica, associando a ligação determinante com as universidades. E, por outro lado, continuando a apostar na renovação da investigação, investindo diretamente nas pessoas e na sua formação de forma persistente, assumida e fundamental e, além disso, apoiando projetos de investigação científica”.

À sessão de abertura seguiu-se a conferência inaugural proferida por Irving Kirsch, cuja presidência esteve a cargo de Fernando Lopes da Silva.


Fernando Lopes da Silva e Irving Kirsch.




Luís Portela com José Manuel Silva e Ana Paula Martins, os bastonários da Ordem dos Médicos e Ordem dos Farmacêuticos.

Podem ser consultadas mais fotos do 11.º Simpósio "Aquém e Além do Cérebro" na Galeria de Imagens.



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