O médico de família tem «mais armas terapêuticas para gerir melhor o doente respiratório»

Numa altura em que o GRESP - Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF prepara as 10.as Jornadas, a sua coordenadora, Cláudia Vicente, sublinha que “a doença respiratória tem um papel muito importante no nosso dia-a-dia enquanto médicos de família”.

Cláudia Vicente garante que tudo será feito para que as próximas Jornadas do GRESP, que se realizarão em Lisboa, dias 10 e 11 de outubro de 2024, “mantenham a dinâmica e o rigor científico que foi caracterizando cada uma das nove edições anteriores”, desde que a primeira reunião teve lugar, em fevereiro de 2012, no Porto.

Atual coordenadora deste Grupo da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar dedicado às doenças respiratórias nos Cuidados de Saúde Primários, Cláudia Vicente salienta que “as conquistas conseguidas têm sido muitas na área da saúde respiratória e que tem mudado bastante a perspetiva do que o médico de família pode fazer pelo doente com este tipo de patologia”.

“Para além disso”, prossegue, “o mundo mudou muito na última década, com um impacto significativo na saúde respiratória, tendo a Medicina procurado acompanhar essa mudança. O efeito das alterações climáticas e da poluição é indiscutível e a relevância que as doenças respiratórias ganharam é evidente. Veja-se que a DPOC é a terceira causa de morte a nível mundial e o cancro do pulmão é o que apresenta maior mortalidade”.


Cláudia Vicente

A coordenadora do GRESP, que é médica de família na USF Araceti, refere também “a autêntica revolução observada ao nível das vacinas, em particular na área respiratória”, e o facto de “dispormos de guidelines cada vez mais difundidas pela prática clínica, inclusive, com características de maior aplicabilidade na consulta médica”.

Cláudia Vicente não deixa de referir igualmente “a quantidade de novos dispositivos inalatórios surgidos nos últimos anos, cada vez menos complicados de usar e mais eficazes”. E aproveita para realçar o papel desempenhado pelos medicamentos biológicos, a nível hospitalar, que “vieram mudar completamente o paradigma do tratamento dos doentes graves, nomeadamente no caso da asma” e esperando que, em breve, da DPOC.



“Dispondo de mais armas terapêuticas, o médico de família consegue gerir melhor o doente respiratório, otimizando de forma individualizada o seu tratamento, o que é desafiante mas igualmente interessante. Sabemos que atuar precocemente e medicar com certos fármacos impede agudizações e a progressão da doença, no caso das patologias respiratórias obstrutivas”, afirma a médica.

“A doença respiratória tem um papel muito importante no nosso dia-a-dia enquanto médicos de família”, conclui Cláudia Vicente, consciente “da importância do diagnóstico precoce e de ter a doença bem controlada, até porque o doente que abordamos nos Cuidados de Saúde Primários é tipicamente complexo e com várias comorbilidades”.


seg.
ter.
qua.
qui.
sex.
sáb.
dom.

Digite o termo que deseja pesquisar no campo abaixo:

Eventos do dia 24/12/2017:

Imprimir


Próximos eventos

Ver Agenda