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Luta contra a Obesidade: Ordem dos Nutricionistas defende a implementação de «um sistema integrado de vigilância alimentar e nutricional»

A propósito do Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, que será assinalado amanhã, dia 21 de maio, a Ordem dos Nutricionistas acaba de sublinhar que "a obesidade é, efetivamente, um dos maiores desafios do século no âmbito da saúde pública, com um peso que vai muito para além da balança".

Em comunicado, é acrescentado que "as implicações desta doença estendem-se a problemas de outros foros, com grandes repercussões no âmbito dos encargos económicos individuais e para o próprio Serviço Nacional da Saúde, e com consequências que se alastram a outras patologias". 

São também recordados alguns dados, como o facto das doenças cardiovasculares continuarem a ser a principal causa de morte em Portugal e da obesidade estar "intrinsecamente associada a esta patologia". Por outro lado, é igualmente referido que um em cada três portugueses sofre de hipertensão arterial, 47% dos utentes dos cuidados de saúde primários possui colesterol elevado e aproximadamente 13% destes utentes apresenta os triglicerídeos elevados.

Outro "exemplo claro das consequências de um estilo de vida pouco saudável", com práticas alimentares não recomendadas, é o facto de mais de 1 milhão de portugueses, entre os 20 e os 79 anos, sofrerem de diabetes.


Neste sentido, para a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, “o facto de mais de metade dos portugueses se encontrar numa situação de insegurança alimentar, devido a problemas de acesso a uma alimentação adequada ou a literacia alimentar insuficiente, acrescendo o número insuficiente de nutricionistas nas estruturas públicas de saúde podem estar entre os fatores que mais contribuem para este cenário”.

O aumento do número de nutricionistas nos cuidados de saúde primários poderá ser "o início do caminho para uma reversão eficiente deste cenário" mas, considera a bastonária, “importa colocar verdadeiramente a Nutrição na agenda política, pois muitas e variadas ações têm que ser encetadas, nomeadamente a implementação de um sistema integrado de vigilância alimentar e nutricional ”.

Considera Alexandra Bento que a obesidade "é um peso muito além do peso e tem faltado atuação governamental para a resolução deste problema. Promover mais políticas saudáveis transversais aos diversos ministérios deve ser prioritário, para que consigamos criar alicerces que promovam a prevenção”.

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