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Governação clínica nos cuidados de saúde primários: «apostar na proximidade com os conselhos clínicos»

“A governação clínica avançará quando tivermos conselhos clínicos atuantes, que são a pedra de toque da reforma dos cuidados de saúde primários (CSP)”, alertou Rui Nogueira na cerimónia de abertura do 34.º Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF). “Acolher o Futuro” é a temática central do congresso, que termina no domingo.



Rui Nogueira realçou que “a governação clínica ainda não alcançou a velocidade desejada e que é preciso apostar na proximidade com os conselhos clínicos para que isso aconteça”. Para o presidente da APMGF, também é importante, neste ponto de vista governativo, “não perder o conceito de centro de saúde – o de 3.ª geração”.

Entretanto, a entrada no sistema, nos próximos anos, de mais médicos de família será, segundo Rui Nogueira, “um desafio”. “Temos uma enorme esperança nos novos colegas de MGF, mas não devemos esquecer que a partir de 2022 vamos ter excesso destes profissionais”, referiu.

As condições de trabalho também foram alvo de comentário. O responsável deixou claro que, nos casos dos sistemas de informação, “os novos computadores devem ser entregues, em primeiro lugar, aos profissionais de saúde que estão com os utentes, e não colocados nos gabinetes das chefias”.



Apesar das vicissitudes, Rui Nogueira sublinhou que, nos últimos tempos, há que referir alguns aspetos positivos, tendo dado como exemplo o anúncio do Governo de disponibilizar novas instalações para os centros de saúde que se localizam em prédios de habitação, assim como o novo modelo de contratualização.

O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, também teve uma intervenção, onde reforçou a necessidade de pôr fim “à visão hospitalcêntrica”, reforçando que “a MGF é ponto focal do nosso SNS e da sua organização, estrutura e funcionamento, de que depende a performance do SNS”.

Reforçou ainda que “a reposta dos cuidados de saúde deve ser integrada, o plano de ação tem de ser personalizado, para se evitar idas às urgências e internamentos quando não são necessários”.



A cerimónia de abertura incluiu também uma conferência de Daniel Soranz, médico de Saúde Pública e também da Fundação Oswaldo Cruz, Brasil, sobre “A evolução de um sistema de saúde baseado em CSP”. O especialista falou sobre a reforma dos CSP no Rio de Janeiro, que se baseou nos modelos inglês e português.

Outros intervenientes nesta sessão, conduzida por Nuno Jacinto, secretário-geral do evento, foram João Furtado, em representação do bastonário da Ordem dos Médicos, e Paula Gomes da Silva, vereadora da Câmara Municipal de Cascais.



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