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«Esta é a Minha Casa»: ESEnfC recebe debate sobre o quotidiano de doentes mentais no meio rural

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, hoje à tarde, o colóquio/debate “Esta é a minha casa: vi(ver) n(a) comunidade”.

O colóquio, com início às 14h30, tem o objetivo de "revisitar as paisagens da saúde mental a partir da experiência de trabalho e do olhar da câmara do enfermeiro Pedro Renca", cujo documentário sobre o quotidiano de doentes mentais no meio rural, intitulado “Esta é a Minha Casa”, será visionado logo após a sessão de abertura, que estará a cargo da presidente da Escola, Maria da Conceição Bento.

"São também revisitados alguns espaços conceptuais comuns como são as questões da ´psicofobia`, dos critérios subjacentes à definição do ´normal` e do ´patológico`, assim como à forma como se reconhecem e desconhecem os problemas e territórios da saúde mental", refere a organização do colóquio/debate, da responsabilidade da Unidade Cientifico-Pedagógica (UCP) de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica.

“Psicofobia ou o medo de nós?”, “Saúde Mental: a ‘maior das minorias’” e “Reconhecimento versus desconhecimento dos problemas de saúde mental” são os títulos das comunicações que se seguem, a cargo, respetivamente, dos professores Luís Loureiro, Ana Paula Monteiro e Amorim Rosa, que constituem as comissões científica e organizadora do colóquio.

Na sua opinião, "As questões relacionadas com o encerramento progressivo dos grandes hospitais psiquiátricos e consequente desinstitucionalização dos doentes mentais e seu regresso às famílias e à comunidade assumiram lugar de destaque ao longo da última década e são uma realidade atual".

Na apresentação do evento, salientam ainda as diferentes perspetivas que existem sobre estas medidas:

"Defendidas por ´uns` como tendo um caráter mais humanista e sendo mais eficazes do ponto de vista terapêutico (com continuidade de cuidados e acompanhamento técnico na comunidade), parecem indiciar que a institucionalização não deve ser vista como ´uma medida cómoda para gente que incomoda`. Contudo, ´outros` têm questionado os critérios de pendor economicistas destas medidas que transformam o doente num peso para as famílias que vivem já na esteira do estigma e da discriminação sociais. Além disso, as respostas comunitárias de apoio a doentes e famílias e os sistemas de apoio em saúde mental são ainda escassos, pouco articulados e tendem a não acompanhar as necessidades emergentes de uma desinstitucionalização em massa".

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