Debater a motivação dos profissionais e decisores de saúde no «labirinto da diabetes»

Internistas, endocrinologistas, médicos de família, nutricionistas e enfermeiros vão participar, nos dias 23 e 24 de outubro, nas VI Jornadas de Diabetes do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV), que terão lugar em Espinho.

O evento, organizado em conjunto com a Associação Diabético da Feira (ADF), é presidido por Dulce Silva, médica internista no Serviço de Medicina Interna do CHEDV e responsável pela Consulta da Diabetes, presidente e fundadora da ADF. 



Em declarações à Just News, Eurico Silva, membro da Comissão Organizadora e médico de família na USF João Semana – ACES Baixo Vouga, explica que, sendo a diabetes "uma patologia que consome muitos recursos, é preciso saber o que contribui ou pode contribuir para a motivação dos profissionais de saúde e dos decisores de saúde", sendo este um dos temas centrais do evento.

Assim, na mesa redonda intitulada: "Motivação, que caminhos?", que decorrerá na manhã de sábado, o debate estará focado "não na habitual perspetiva da pessoa com diabetes, mas sim na motivação dos profissionais de saúde e dos decisores nos assuntos de saúde".

Quanto aos primeiros, refere Eurico Silva, "a motivação pode estar no sucesso terapêutico, nos indicadores, objetivos definidos de desempenho e qualidade, como existem nas USF. Os programas educativos - como Mapas de Conversação, Caminhar para o Equilíbrio, Juntos é Mais Fácil - também ajudam a dar outro sentido ao trabalho dos profissionais de saúde que, com estes programas, conseguem realizar outros trabalhos diferentes do habitual, motivando-os."

Sublinha que, contudo, "outro tipo de motivação está relacionada com as políticas da diabetes. Por exemplo, a possibilidade de utilizar terapêuticas inovadoras, com melhores outcomes. Se não pudermos usá-las é desmotivante."



Desta forma, será então abordada na mesa redonda "a motivação individual, em grupo e dos decisores políticos". Quanto aos decisores públicos, e como a diabetes tem muitos custos, "é preciso garantir sucesso terapêutico nas suas mais variadas dimensões", considera Eurico Silva.

O especialista não tem dúvidas de que, "quanto mais capacitada estiver a pessoa com diabetes, melhores resultados se vão conseguir", e acrescenta: "É preciso assim haver programas educacionais para a saúde e os políticos devem estar sensibilizados para apostar nestas dinâmicas, como num Programa Educacional Nacional para a Diabetes, que não traz logo resultados."



Entre outras mesas redondas, realiza-se uma sessão “Terapêutica da diabetes: Regresso a passado ou viagem ao futuro?”, onde estarão em discussão as "terapêuticas que vão revolucionar o tratamento da diabetes", indica Eurico Silva, realçando que "há fármacos que vão continuar a existir, como é o caso da metformina. Este será sempre um tratamento de primeira linha, como se irá também realçar na última mesa redonda sobre ´Pré-diabetes: Medicar ou não, reclassificar quando?`”.

Do programa faz ainda parte um curso pré-congresso sobre "Insulinoterapia no diabético tipo 2", que terá lugar dia 22 de outubro, no Auditório do CHEDV - Unidade de S. Sebastião.

As VI Jornadas de Diabetes do CHEDV têm o apoio de várias entidades, como é o caso da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Ordem dos Médicos, Ordem dos Nutricionistas, Sociedade Portuguesa de Diabetologia, Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

O programa completo pode ser consultado aqui.

Site das jornadas: http://jornadas.diabeticofeira.pt/







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