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Contraceção: avanços no sentido de «minorar os riscos e aumentar a comodidade»

A Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC) vai realizar, em setembro, dias 23 e 24, a sua 6.ª Reunião Nacional, que decorrerá na Fundação Bissaya Barreto.

O tema deste ano é "Contraceção: que opção no risco e na doença?" e, segundo Teresa Bombas, presidente da SPDC, a área da contraceção, sobretudo a hormonal, é das mais investigadas dentro da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia e objeto de múltiplos estudos e publicações, sendo os avanços múltiplos e permanentes.

“A evolução tem sido no sentido de minorar os riscos e aumentar a comodidade”, nota. E especifica: “As doses de estrogénios têm-se tornado progressivamente menores, apareceram formulações com estrogénios naturais, promoveu-se a contraceção hormonal sem os mesmos e surgiram métodos inovadores, com vias alternativas de utilização mais cómodas e mais seguras (anel, sistema transdérmico, implante, contraceção intrauterina com sistemas menores, um novo contracetivo de emergência).”


De acordo com Teresa Bombas, o tema deste ano foi escolhido tendo em conta “a evolução que a SPDC tem tido na comunidade científica”. Tal como menciona, numa primeira fase, começou-se a trabalhar junto dos profissionais de saúde a importância do aconselhamento e da decisão partilhada do método de contraceção.

“Esta não estava incluída na formação médica. Porém, atualmente, na área da Saúde Sexual e Reprodutiva, está claro que a decisão partilhada é o caminho para garantir o uso efetivo e continuado de um método de contraceção”, afirma.

Posteriormente, a SPDC trabalhou, também, as necessidades contracetivas nos grupos populacionais mais vulneráveis, como sejam os adolescentes. “Iniciámos um programa de formação para orientação contracetiva de mulheres portadoras de doenças.

A escolha deve ser segura e não agravar ou modificar o seu estado de saúde”, menciona. E acrescenta: “As dificuldades são muitas e a necessidade de formação e atualização é fundamental, daí que, este ano, tenha sido uma opção da SPDC discutir as opções contracetivas em algumas situações médicas especiais.”


Teresa Bombas lembra que a SPDC nasceu em 2010 e tem como objetivos a formação, difusão de informação, promoção e estudo científico no âmbito da Saúde Sexual e Reprodutiva, razão pela qual vai, agora, realizar a sua 6.ª reunião.

Segundo refere, os membros da Sociedade têm procurado, a cada organização, acompanhar e divulgar a realidade nacional, as dificuldades, as mudanças e os desafios decorrentes das condições médicas, necessidades sociais e evolução científica.

As reuniões da SPDC destinam-se a todos os profissionais da área da Saúde Sexual e Reprodutiva, desde médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais de saúde de várias especialidades e, ainda, juristas.

Teresa Bombas indica que as reuniões têm vindo a ser progressivamente mais frequentadas, lembra que a 5.ª edição contou com cerca de 200 inscrições e afirma que gostariam de, este ano, ultrapassar esse número.



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