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Atletas amadores «devem ter acesso à Medicina Desportiva»

“Os desportistas de clubes mais modestos e a população em geral também devem ter acesso à Medicina Desportiva”, afirmou à Just News Henrique Jones, um dos presidentes das XIII Jornadas da Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva (SPMD), evento que este ano decorreu no Fórum Cultural de Alcochete.



Henrique Jones, que é ortopedista e especialista em Medicina Desportiva, alertou para a necessidade de existirem infraestruturas de apoio fora dos grandes clubes de futebol. “Os diferentes atletas devem ter acesso a cuidados que lhes permitam tratar, mas também prevenir, lesões que os podem incapacitar para a atividade desportiva e na sua vida pessoal e profissional.”

Sublinhou ainda que “o atual aumento da prática de exercício físico – que é muito saudável – não tem sido acompanhado do devido apoio médico-desportivo, o que pode levar a lesões evitáveis ou a situações de morte súbita”.



O mesmo pensa José Pedro Marques, fisioterapeuta e também presidente das Jornadas. “A Medicina Desportiva ainda está numa fase muito inicial, em Portugal, e deveria existir, por exemplo, alguma estrutura distrital que permitisse dar apoio aos atletas amadores.” Afinal, como acrescentou, “existem lesões que podem pôr em causa toda uma carreira desportiva”.



Dos vários temas abordados no evento, um dos que se destacou, no entender de José Pedro Marques, foi o da Tauromaquia. “Não é habitual falar-se desta temática, mas é importante que deixe de ser o parente pobre da Medicina Desportiva, porque há muitos praticantes que necessitam de cuidados de reabilitação.”



Além das diferentes temáticas abordadas, na sessão de abertura, houve ainda tempo para homenagear três figuras que se destacaram, na região da Margem Sul, pelo apoio que deram à atividade desportiva. Foram assim distinguidos Pardete Ferreira, que não pôde estar presente e que foi diretor do Centro de Medicina Desportiva de Setúbal e médico da Seleção Nacional de Andebol; Miguel Eusébio, cardiologista especializado em Medicina Desportiva; e o fisioterapeuta Joaquim Cotovio, que pertenceu ao Vitória de Setúbal e à Seleção Nacional de Futebol.

No final, tanto Henrique Jones como José Pedro Marques concordavam que as Jornadas “foram um êxito”, tendo sido superadas as expectativas iniciais.



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