EMIGO 2016 - Encontro Nacional de Médicos do Internato de Ginecologia e Obstetrícia
Vai realizar-se, a 17 e 18 de setembro, na cidade do Porto, a 9.ª edição do Encontro Nacional de Médicos do Internato de Ginecologia e Obstetrícia (Emigo).
Segundo António Braga, presidente da The Portuguese Network of Trainees in Obstetrics and Gynaecology (PoNTOG), a iniciativa – que conta com o apoio da Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia (FSPOG) e do Colégio da Especialidade – visa “colmatar algumas das lacunas de formação que possam existir e adaptar o currículo dos internos às novas realidades”.
“Abordamos os temas científicos de forma um pouco mais básica do que seria expectável em congressos dedicados a médicos seniores, para que possamos chegar aos mais jovens e conseguir aproximá-los da especialidade e da realidade das reuniões nacionais e internacionais”, menciona António Braga, também interno do 6.º ano de Ginecologia e Obstetrícia do Centro Hospitalar do Porto.
E continua: “É também nosso objetivo, à semelhança das anteriores edições, promover uma aproximação dos colegas dos diferentes centros hospitalares, de maneira a conseguir partilhar experiências de formação e socializar dentro do próprio espaço do encontro.”
Quando questionado acerca dos principais desafios que os futuros especialistas enfrentam, o presidente da PoNTOG menciona que se prendem, sobretudo, com a natural evolução da Medicina, destacando o aparecimento e desenvolvimento da laparoscopia, assim como de algumas técnicas obstétricas.
“Os internos têm vocação para diferentes áreas da especialidade e, por essa razão, um dos seus desafios é tentar construir um currículo o mais uniforme possível”, indica. E acrescenta: “Queremos contribuir para que consigam fazer uma formação o mais equitativa possível, independentemente do seu local de formação.”
Nesse sentido, durante o 9.º Emigo, vai realizar-se uma mesa-redonda que contará, eventualmente, com membros da FSPOG e do Colégio da Especialidade, “com a finalidade de se articular esta mesma uniformização”. Este encontro vai contar com cerca de 140 internos dos vários anos de formação.
PoNTO G: um ano “muito produtivo”
Fazendo um balanço deste último ano de PoNTOG, enquanto presidente, António Braga afirmou-se satisfeito com o trabalho desenvolvido. “Renovámos o nosso site, vamos agora realizar mais um Emigo, o
que nem todos os anos tem sido possível, e estamos, neste momento e em parceria com as várias sociedades, a tentar realizar alguns cursos”, enumera. E acrescenta: “Tem sido muito produtivo.”
O Internato Complementar de Ginecologia e Obstetrícia conta, atualmente, com cerca de 250 jovens médicos, um número que, no entender de António Braga, é suficiente e tem sido calculado pelo Colégio de forma a manter os rácios nacionais. “Considero ser um número adequado às necessidades do país.”
Quanto ao atual programa do Internato, o presidente do PoNTOG considera tratar-se de “um dos melhores da Europa”. “Em muitos aspetos, os jovens especialistas acabam a sua formação com um currículo técnico, científico e cirúrgico muito superior ao de qualquer outro país europeu”, salienta
